domingo, 12 de junho de 2011

RELIGIÃO - VIDA E MORTE

Difícil abordar um tema tão denso e de tanta seriedade pra mim. Mais ácido ainda é apresentar este tema o mais desarraigado possível de minhas crenças particulares e de forma simples a fim de permitir a livre circulação das idéias que adentrem nossas mentes e concedam a maravilha da reflexão.
Mas a despeito das dificuldades vamos atravessar as Termópilas...
Nesta primeira postagem de Domingo, cujo tema sera sempre religião, apresento o assunto que para mim carrega consigo a essência do cristianismo, em especial do presbiterianismo: Vida e Morte.
Um dos dilemas mais fundamentais que afligem qualquer elemento humano, em qualquer sociedade, é para onde vamos após a morte. A nossa relação com a idéia de morte é vívida, por mais paradoxo que isso possa parecer, sendo assim parece importante assentar bem qual é a compreensão dessas abstrações que podemos obter na religião.
Para nós, cristãos, o ser humano foi criado por DEUS à sua imagem e semelhança, semelhança abstrata, não física. Algumas características do humano criado eram a vida, e vida eterna, espiritualidade e senso de justiça.
DEUS, assim que criou o primeiro homem, fundou os parâmetros a guiar seu comportamento. A fim de que esse primeiro homem pudesse saber o que era certo e errado, livre ou vedado, foi ditada uma única regra passível de descumprimento que encerrava em si todo o fundamento legiferativo do universo, era neste pequeno detalhe que residia a única possibilidade de desobediência aos mandamentos divinos, uma vez que era a única regra submetida ao livre arbítrio humano. Outras leis existiam, mas não havia possibilidade de desvios. São exemplos disso as leis físicas, matemáticas e químicas.
A regra ditada era “de toda a árvore que há no jardim poderás comer, mas da árvore da ciência do bem e do mal, que esta no centro do jardim, dela não comerás, porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás.”
Dispositivo e punição.
Fato é, que após o descumprimento da lei pelo primeiro homem, este mesmo homem não é punido com a morte stictu sensu, mas é na verdade expulso do jardim e condenado a comer do suor do seu rosto.
Ora, DEUS mentiu? Falhou? Arrependeu-se?
Não, de maneira alguma, a sua palavra não falha e não muda nunca. A verdade é que existem dois tipos de vida e, por conseguinte, dois conceitos de morte.
Há a vida espiritual, que consiste em usufruir da presença de DEUS, que instantaneamente foi perdida pelo primeiro homem ao ser expulso do jardim e da presença do CRIADOR.
Há por outro lado a vida material, que consiste na manutenção do funcionamento do maquinário orgânico de que somos constituídos. Sobre essa vida, houve também condenação, posto que uma das características que herdamos de DEUS seria a eternidade e, após a desobediência, entramos em franco processo de morte, já nascemos caminhando rumo ao fim. Isso esta dentro de nós, nosso sangue herda consigo, além da genética, a mesma condenação dos nossos pais e eles herdaram dos deles, seguindo este fado através todas as gerações que passaram por sobre a face da terra.
Ali instalou-se a morte no mundo, que não alcançou somente o homem, mas disseminou-se por toda a criação, condenando-a toda, corrompendo-a, desorganizando-a.
Sobre esse raciocínio o apóstolo Paulo sustenta a tese de que todos nós “nascemos mortos em nossos delitos e pecados” e portanto não podemos fazer nada para nos salvar da condenação eterna.
Logo após a condenação, DEUS toma medidas restaurativas, para arrumar a encrenca em que o homem se meteu, mas isso é tema do próximo tópico.
Fiquem com DEUS.

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