terça-feira, 14 de junho de 2011

DIREITO - A Academia

Terça-feira é dia de Direito aqui no fórum.
Faz algum tempo que ouço ataques ferozes contra a aplicação de uma prova que permita o exercício da advocacia no país e agora que estou prestes a me inscrever ofereço a postagem de hoje a fim de trazer alguns apontementos sobre essa grande celeuma.
Infelizmente sou obrigado a afirmar que a formação superior no país esta deprimente, extremamente falha e com grandíssimas disparidades entre os centros de ensino. Algumas academias galgam excelência enquanto que outras rastejam na medíocridade.
Frente a baixa qualidade de um grande montante de bacharéis que, seguindo os passos de Brás Cubas, após a colação de grau afirmam "logo vi que doutorar-me em Direito não é lá grandes coisas, posto que até mesmo eu consegui" a OAB e boa parte dos interessados no assunto defendem a prova, com fins de preservar a população, garantindo um mínimo de qualidade de serviço pelos advogados.
Não estamos sozinhos neste barco. Nos EUA o advogado, após 8 anos de formação superior deve também prestar a prova do BAR para só então exercer a advocacia. Entretanto não estar sozinho no posicionamento não garante a exatidão da conduta.
É interessante pensar em alternativas... Gosto dessa palavra: ALTERNATIVA
Será que a aprovação no exame não poderia ser um diferencial a ser apresentado pelo advogado, que o impedimento ao exercício da advocacia não seria inconstitucional e, portanto, todos os bacharéis estariam aptos ao exercício profissional. Será que estar à disposição da população interessada em serviço de qualidade a informação sobre a aprovação ou não do advogado no exame não seria o bastante?
Agora, impossível para mim é deixar de atacar essa política vil e estapafúrdia da mais pura omissão do Ministério da Educação, que repassa para a entidade profissional o controle da qualidade do profissional formado. ora, é uma vergonha, não há outro sentimento a representar o que sinto, senão vergonha, vergonha com uma pontinha de revolta.
Prova da Ordem, a ameaça de prova do CRM e as mais que podem vir, são todas medidas paliativas, que não adentram no âmago da questão. O que é preciso é o controle na qualidade do ensino, com excelência na formação não há dúvidas sobre a excelência de profissionais.
Medir aprendizado depois de passado o tempo de formar-se academicamente (não que eu deseje dizer que se restringe à academia a formação) não me parece boa coisa, condena o graduado que, enganado pela instituição de ensino e pelo sistema educacional como um todo, nada mais pode fazer, estando só, tem de buscar guarida nos grandes cursinhos (único grupo que ganha, e ganha muito com esse modelo) ou abandonar o sonho, aceitando o prejuizo material e moral.  
Por que não aplicar provas nacionais após o fim de cada ano de formação, padronizando a qualidade de ensino e dando tempo e meios para que o graduando perceba suas falhas, mude o rumo, passe a acertar?
Essa me parece ser uma boa solução, que associada à ação efetiva do SESU no controle de qualidade das instituições, promoveria uma revolução no nosso ensino superior sem sombra de dúvidas.
É a minha opinião.
Vamos ver o que acontece e, até lá, torçam por mim.
abraço galera e até amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário